Questão antiga: Se uma árvore cai
na floresta e ninguém está perto para ouvir, será que faz algum som? Há
respostas variáveis sobre o tema do ponto de vista filosófico e científico. Em
linha de raciocínio similar, certa vez me peguei pensando: se programo o rádio
do carro para tocar as músicas aleatoriamente e, quando não me agrada alguma,
aperto o comando para pular a faixa, a próxima a tocar seria realmente a
próxima da ordem aleatória que o aparelho tocaria?
Essa não seria uma pergunta que
ela ou sua resposta possam a vir a mudar a humanidade, mas me recordo disso
toda vez que pulo de música. É provável que muitas pessoas já saibam a
resposta, mas preferi voluntariamente não me aprofundar no assunto.
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Muitas vezes, quando uma pessoa é
traída, profere uma imensidão de insultos contra o parceiro ou parceira. Reclama
com o próprio infiel, com a família, amigos, vizinhos e até eventuais
desconhecidos na padaria ou na fila do banco, mas consigo mesma acredita que ainda pode dar certo com quem a traiu. Parte da população brasileira se
encontra na mesma situação. Desacredita da classe política, concorda com quem
diz que não há mais bons políticos (ou melhor, políticos bons), mas sente uma
ponta de esperança que ainda há como sair da crise.
Essa expectativa fez com que, na
falta evidente de candidatos dignos de representar nosso país, o nome do
apresentador de TV, Luciano Huck, fosse cogitado, especulado e quase anunciado
como postulante à presidência da República.
Se o Brasil governado pelo Huck
daria certo, não se saberá desta vez, tendo em vista que ele anunciou oficialmente
que não concorrerá em 2018. Talvez desse certo. Talvez melhor fosse seu quase
xará, o Hulk, grande e verde, que inibiria a corrupção no Congresso.
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Lembrando o dilema da árvore caindo
na floresta, voltei a pensar a respeito após a desistência de candidatura do
marido da Angélica. Se ele se candidatasse muitos achariam oportunismo e não
votariam nele, mas não se candidatando as mesmas pessoas podem achar uma
atitude digna e que mereceria o seu voto.
por Marcelo Mendonça
por Marcelo Mendonça